Um jornal deu-nos a conhecer, há dias, uma declaração do candidato a primeiro-ministro Passos Coelho. “Tenho o governo na cabeça”. Espantoso e, ao mesmo tempo, heróico. Um governo na cabeça (será em cima da cabeça) deve ter um peso muito razoável sujeitando o portador a enorme pressão. Mas só estoicismos como o do Sr. Coelho conseguem feitos tão grandiosos. Se eu fosse católico diria ao Sr. Passos: que Deus lho conserve, nessa brilhante cabecinha, por muitos anos e bons, e que nunca o deixe sair cá para fora. É como quem diz, sr. Coelho ainda não é tempo de sair da toca.
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Ai, ai, ai! As sondagens dão um empate entre o PS e o PSD. Quer isto dizer, na minha humilde opinião, que não nos vamos livrar tão depressa – ou talvez nunca – deste conjunto neo-liberalista que já nos dá espectáculos (e maus) há tempo de mais. É chegado o momento de subirem ao palco outros artistas que nos tragam outro tipo de entretenimento que não seja o habitual vou meter-te a mão no bolso.
Eu gostaria de ver, por exemplo, um conjunto formado pelo CDS e pelo PCP. Era equilibrado, penso eu, já que os seus artistas nunca permitiriam uns aos outros nem que cantasse o fado da saudade nem a internacional socialista. Assim talvez se pudessem ouvir canções que agradassem a uma grande maioria.
Os extremos tocam-se e, se magnetizados, atraem-se. Pensem nisto.
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