Pesquisar

sábado, 21 de maio de 2011

Opiniões

Völkerwanderung (Invasões bárbaras)

O regresso dos visigodos está bem patente nos nossos dias. O que Hitler não conseguiu com os seus exércitos que seria dominar parte do mundo com a cultura germânica está agora a madame Merkel a tentar fazer através do domínio económico. Manda, constantemente, recados aos países mais debilitados para seguirem as suas regras com a ameaça velada de que ou fazem como ela quer ou deixa de haver qualquer espécie de ajuda. Desde o tempo em que os germanos invadiram Roma que nunca mais parou a ambição daqueles povos em dominarem os outros, custasse o que custasse. A nomeação dum cardeal alemão para Papa é sintomática, ou não é?

Coexistência de tons

No primeiro jornal da tarde da SIC um dos jornalistas realçava os tons das gravatas que foram envergadas por Sócrates e Passos Coelho, durante o debate ocorrido ontem na RTP. Sobre o debate não me ocorre outro comentário que não seja: a peixeirada do costume. Quanto às tonalidades da roupagem fiquei deveras apreensivo. Esta concomitância de tons entre PS e CDS já era do domínio público, mas virem, ostensivamente revelá-lo num debate pareceu-me descaramento. O jornalista fez muito bem em nos chamar a atenção para esta ignomínia. Pena é que não tenha conseguido saber o tipo e cor da roupa íntima. Essa informação ainda nos iria revelar muito mais e, quem sabe, alterar a nossa intenção de voto.

Iniciátiva Cavaquista.

O “Expresso” de hoje adianta sete cenários possíveis pós eleições. Os seis primeiros dou de barato já que apontam para a mixórdia do costume que é o possível, e mais que provável, entendimento entre as comadres políticas. As senhoras-vizinhas andam de candeias às avessas mas quando chegar o momento de dividirem o espólio vão ficar de novo amiguinhas.

O sétimo cenário seria um governo de iniciativa presidencial ou seja escolhido por Cavaco Silva. Só de pensar nisso sinto calafrios. De iniciativas cavaquistas já fomos bem servidos no passado. Que fique quietinho no seu pelouro que, felizmente, limita as suas funções e não nos encavaque mais, por favor.

Vitória a quanto obrigas

O FCP ganhou mais uma taça. Parabéns. Como é seu legítimo direito os seus adeptos festejaram entusiasticamente mais uma vitória do seu clube. E esse entusiasmo não deixou de incidir sobre a cultura. Tendo-se um numeroso grupo dirigido à Feira do Livro do Porto para comprar uma biografia de Pinto da Costa, como forma de lhe agradecer mais uma retumbante vitória, devido ao adiantado da hora, os stands estavam fechados o que causou indignação aos fervorosos fãs. E foi sem causar espanto que partiram portas, quebraram vidros e rasgaram cartazes. Um livro tão importante como aquele deve estar à disposição dos devotos pinto-costistas a qualquer hora do dia. Esperemos que os organizadores da feira tenham aprendido a lição para que não voltem a subtrair o prazer da leitura aos portistas de obras-primas como esta.

sábado, 14 de maio de 2011

Cartogradas

Anda por aí toda a gente alvoroçada por um suposto deslize do senhor Catroga. Uns classificam-no de mal-educado, outros de pouco feliz ou, ainda, de irreverente. Não consigo entender o mal que toda essa gente detectou na expressão do sr. Catroga. Afinal o que é que o homem disse que possa gerar tanta censura e indignação? Aqueles que se apressaram para deitar as unhas de fora para o criticar devem, por certo, ter feito confusão entre dois vocábulos. Senão vejamos. Eu ouvi bem, e muitos outros também terão ouvido, o distinto economista introduzir no meio duma frase uma forma verbal do verbo pintar. Foi isso exactamente que aconteceu. O homem indignado com tanta crítica e/ou ineficácia dos media proferiu a locução pintei-lhos. A forma mais correcta seria a pintar. Mas entende-se que no fervor da sua justa indignação tenha trocado o tempo verbal.

Mas logo vieram mentes resinosas afirmar que o pobre senhor teria dito pentelhos que para além de designar pelos públicos também pode significar, em sentido figurado, pessoas enfadonhas ou exasperantes.

Deixem o cavalheiro em paz. A ele ficaremos a dever a grande lição que o seu contributo no programa de governo PSD nos irá trazer. Ou seja: Portugueses comprem alpergatas e aprendam a estender a mão

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Adeus Bin Laden

Morreu Bin Laden. A notícia veio abafar os resquícios do casamento real britânico. Os tablóides vão por de parte as últimas actividades dos noivos reais preteridos pela notícia da morte de um dos chefes do terrorismo internacional. O mundo já não vai saber a que horas a princesa se assoou hoje, pela primeira vez, nem a marca de papel higiénico escolhido pelo príncipe para limpar o rabo. Que maçada!

A morte de Bin Landen poderá determinar, ou não, o recrudescer de actos terroristas. Infelizmente, na minha óptica, acho que não. Os seus lugar-tenentes irão, por certo, dar continuidade à “obra” do mestre.

De qualquer modo é melhor pouco que nada.

E já agora os nossos amigos americanos poderiam aproveitar a onda e acabar com outros terroristas que estão mesmo à mão de semear. Quem? Perguntarão! Está bem de ver. Os especuladores do capitalismo selvagem, também conhecidos por Mercados. Penso que meditando um pouco chegaremos à conclusão que estes últimos tem feito mais estragos que todas as seitas terroristas juntas. Terrorismo é terrorismo, seja ele de que natureza for.