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sexta-feira, 18 de março de 2011

"Em Portugal a Corrupção é Cultural" - Especial Deputados

Bem-vindos à rubrica semanal "Em Portugal a Corrupção é Cultural".

Ao longo deste espaço ludicó-criticó-culturó-neo-apartidário, irei analisar da melhor forma possível, os principais problemas do nosso querido sistema político, (democracia não é de certeza, os portugueses nunca viveram neste tipo de regime. Eu por acaso sei o que é, pois consultei a Wikipedia e vi alguns filmes da Segunda Guerra Mundial) .

A primeira temática abordada prende-se com o parlamento português, especificamente, um grupo de caracóis sem concha: os deputados.

Na minha opinião romantizada da política, os membros da Assembleia Legislativa prestam um serviço de enorme importância ao país. Este trabalho deve reger-se por um sentido de dever e acima de tudo, vocação. Infelizmente a grande parte, não cumpre a sua obrigação, nem possui qualquer tipo de predisposição (olha, uma cacofonia. O que faria um deputado neste caso? Nada. Como eu não sou um molusco gastrópode vou corrigir a frase: "...não cumpre a sua obrigação, nem possui qualquer tipo de vontade".

Os arrumadores de carros são mais úteis à sociedade portuguesa, e trabalham mais! Depois estoiram tudo na droga, porém é trabalho. Quem nunca andou o dia inteiro com um jornal na mão a realizar movimentos repetitivos a gritar "BIRA", "DESTORSSE" E "TÁ BOM", não se atreva a dizer que esta função não é labuta, pois o braço fica todo dorido e dá azo a uma possível tendinite. Não há seguro de saúde que cubra, ao contrário dos deputados que têm uma bela apólice, paga por nós. Os membros da assembleia dormem, falam ao telemóvel, jogam Farmville o dia todo e faltam muito. Eles produzem tanto como eu, num Domingo, seguido de feriado à Segunda-Feira.

E depois quanto é que ganham estes 230 meninos? O orçamento de estado para 2011, diz que eles ganham no total, 11,7 MILHÕES de euros. Pouca coisa para um país em crise. Cada um destes senhores tem um ordenado base na casa dos 3815,17 euros. Disto isto, era bonito dar o exemplo aos portugueses e reduzir o número de deputados dos atuais 230 para o mínimo legal: 180. Num país decente governado por pessoas sérias, seria a medida tomada.

A Constituição da República portuguesa, explica os deveres (artigo 159.º) dos deputados: comparecer às reuniões do Plenário e às das comissões a que pertençam; desempenhar os cargos na Assembleia e as funções para que sejam designados, sob proposta dos respectivos grupos parlamentares e participar nas votações. Eles escapam ao trabalho quando lhes apetece e por isso, não comparem nas reuniões; não desempenham as funções para que são designados, pois alguns "descansam a vista" enquanto os outros estão no Facebook, e não participam nas votações, graças aos coleguinhas, que assinam pelos ausentes.

Nos tempos de faculdade quando me baldava a uma aula, eu pedia ao António para assinar por mim e o António assinava. No dia seguinte o António não ia pois tinha apanhado uma carroça monumental na noite anterior e eu forjava a sua caligrafia. Estão a perceber a ideia? Assim ninguém chumbava por faltas. É errado eu sei, mas eu não sou deputado. Agora percebo donde saiu este costume do "agora assino eu", agora "assinas tu" , tão apreciado nos corredores da Assembleia da República.

E lembrem-se: o melhor trabalho do mundo é ser deputado. Para a semana há mais.

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